O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (22), que a Polícia Federal identifique os participantes de um grupo chamado "Caçadores de Ratos do STF", no aplicativo de mensagens Telegram. O magistrado deu 15 dias para a corporação encontrar os membros.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o grupo tem 159 participantes, um deles é Ivan Rejane Fonte Boa Pinto, o homem foi preso em julho, em Belo Horizonte (MG), por ameaçar ministros do STF e membros de partidos de esquerda.
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Em manifestação enviada ao ministro em 19 de agosto, a vice-procuradora-geral da República Lindôra Araujo argumentou que, no momento, não é possível confirmar a existência de uma associação criminosa.
“Com o aprofundamento das diligências investigativas, especialmente com a identificação dos 159 participantes do grupo de Telegram “Caçadores de ratos do STF” e respectiva análise de mensagens trocadas, tal hipótese criminal se afigura factível de ser revelada”, disse Lindôra.
“No caso concreto, a investigação não apontou quais seriam os integrantes dessa associação criminosa, tampouco a sua organização e divisão de tarefas, além de outros elementos do elo associativo”, completou.
Moraes afirmou, em sua decisão, que o grupo possui o objetivo de “desestabilizar as instituições republicanas”.
“Os elementos de prova reunidos até o momento ‘demonstram uma possível organização criminosa que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas, principalmente aquelas que possam contrapor-se de forma constitucionalmente prevista a atos ilegais ou inconstitucionais, como o Supremo, utilizando-se de uma rede virtual de apoiadores que atuam, de forma sistemática, para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”, de modo que a identificação das pessoas que compartilhavam o mesmo grupo com o investigado, Ivan Rejane, além do teor das mensagens trocadas, é imprescindível para a completa elucidação dos fatos em apuração”, argumentou.
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