O presidente Jair Bolsonaro (PL) assumiu um compromisso público nesta segunda-feira (22) de que serão respeitados os resultados das urnas “desde que sejam limpas e transparentes”.
“Serão respeitados os resultados das urnas desde que as eleições sejam limpas e transparentes”, disse.
O presidente participa de uma sabatina no Jornal Nacional, da Rede Globo. Durante a entrevista, o mandatário foi questionado sobre a possibilidade de um golpe contra o sistema eleitoral e sobre os ataques destinados aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em agosto do ano passado, Bolsonaro divulgou a íntegra de um inquérito da Polícia Federal (PF) que apura suposto ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2018. Na entrevista, o presidente relembrou o caso.
Na época, os ministros do TSE enviaram uma notícia-crime para Alexandre Moraes em que relatavam suposta conduta criminosa atribuída ao presidente. Após recebê-la, ele abriu um inquérito para iniciar uma investigação.
O TSE já assegurou a segurança das urnas eletrônicas e do sistema eleitoral.
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Ministros
Questionado por William Bonner sobre os ataques que tem feito aos ministros do Supremo Tribunal Federal, Bolsonaro chamou de "fake news".
"Você não está falando a verdade quando fala xingar ministros. Não existe. Isso não existe, é um fake news da sua parte", afirmou o candidato à reeleição. Em seguida, ele foi desmentido pelo apresentador da TV Globo. "O senhor começou sua resposta afirmando que eu tinha cometido fake news, em nome da verdade, candidato, o senhor xingou ministros do Supremo de canalha, você fez isso com microfone",
No dia 7 de setembro do ano passado, Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de “canalha”.
“As medidas que vinham sendo tomadas por esse ministro eram contestáveis. Lá atrás, inclusive, a procuradora Raquel Dodge deu um parecer para que esse inquérito deixasse de existir, e continua existindo. A temperatura subiu. Hoje em dia, pelo que tudo indica, está pacificado. Espero que seja uma página virada”, disse.
Eleições
“Na posse de Alexandre de Moraes, tudo indica que está pacificado. Quem vai decidir essa questão de transparência ou não será em partes as Forças Armadas que foram convidadas a participar da Comissão de Transparência Eleitoral”, completou.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou no último ano a Comissão de Transparência das Eleições. Compõem o CTE o senador Antonio Anastasia (PSD-MG); o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União (TCU); o General Heber Garcia Portella, comandante de Defesa Cibernética, pelas Forças Armadas; a conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Luciana Diniz Nepomuceno; o perito criminal Paulo César Hermann Wanner, do Serviço de Perícias em Informática da Polícia Federal; e o vice procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco, pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), entre outros.
"Seja qual for [o resultado das urnas], eleições limpas devem e tem que ser respeitadas. Limpas e transparentes tem que ser respeitadas", prometeu.
"Teremos eleições. O ministro Moraes acabou de assumir. Amanhã ele tem encontro com o ministro da Defesa para tratar de transparência. Tenho certeza que vã conversar e chegar a um bom termo. Precisei provocar. Pode ficar tranquilo. Terão eleições limpas e transparentes no corrente ano", destacou Bolsonaro.
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