O Dia Nacional do Surdo é celebrado nesta segunda-feira (26). A data é um alerta para a conscientização de toda a população sobre os direitos das pessoas com deficiência auditiva no Brasil.
Todo o mês de setembro é dedicado à comunidade surda. O mês é marcado pelas campanhas do Setembro Azul, conhecido como o mês de visibilidade da Comunidade Surda. Ao longo do período, há três datas que ascendem a discussão sobre o tema: o Dia Mundial do Surdo, no dia 18 de setembro, o Dia Internacional do Surdo, em 30 de setembro e o Dia Nacional do Surdo, no dia 26.
O Dia Nacional do Surdo é uma homenagem à criação do Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES), que aconteceu no ano de 1857. O INES foi a primeira escola de surdos fundada no Brasil. A construção do espaço é responsável ainda pela oficialização da lei do Dia Nacional do Surdo (nº 11.796).
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O Ines ainda é referência para a comunidade surda. O instituto atende mais de 400 alunos, entre adultos e bebês.
Segundo dados do Instituto Locomotiva em parceria com a Semana da Acessibilidade Surda, no Brasil, há cerca de 10,7 milhões de pessoas com deficiência auditiva. Os dados são de 2019.
O levantamento mostra que do total, 2,3 milhões têm deficiência severa, dentro deste número, 15% já nasceram surdos.
Os dados ainda apontam que a surdez atinge mais homens do que mulheres. 54% contra 46%, respectivamente. Mais da metade do percentual é composta por idosos com mais de 60 anos, cerca de 57%. A pesquisa ainda revelou que 91% adquiriram a surdez ao longo da vida, a metade antes dos 50 anos, o restante, 9% nasceu nessa condição.
Dos entrevistados, 87% não usavam aparelhos auditivos.
A data é um alerta para os direitos que a comunidade luta. Os surdos ainda possuem dificuldades de se incluírem na sociedade. Somente 7% têm ensino superior completo; 15% frequentaram até o ensino médio, 46% até o fundamental e 32% não possuem grau de instrução.
A pesquisa mostra que a maior parte de pessoas com deficiência auditiva está na Região Sudeste (42%), em segundo lugar, a região Nordeste (26%) e Sul (19%). Na região Centro-Oeste, 6%, e na Norte, 7%.
A principal forma de comunicação dos surdos é a Libras (Língua brasileira de sinais). A lei que reconhece a língua como meio legal de comunicação e expressão no país foi aprovada pelo Congresso comemorando 20 anos em 2022. A lei 10.436 assegura o uso das Libras à comunidade surda.
A lei foi importante para colocar intérpretes de libras em transmissões de programas de TV, vídeos e em veículos públicos de comunicação. Estima-se que mais de 2 milhões de brasileiros usam a língua de sinais.
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