O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), chamou de “militância” as manifestações contrárias ao corte de verba para as universidades. O mandatário falou sobre o corte de 5,8% da verba de órgãos vinculados ao Ministério da Educação.
“O orçamento da educação no corrente ano é R$ 900 milhões maior do que o anterior. Em certos momentos, eu tenho que postergar o pagamento. Nunca deixamos de empenhar tudo e vai ser pago em dezembro, nada mais além disso. Quando se fala em orçamento, não é um decreto presidencial”, disse Bolsonaro.
Em 30 de setembro, o Governo Bolsonaro fez cortes no orçamento do MEC, o que impactaria na verba de universidades e colégios federais. Foram R$ 2,4 bilhões bloqueados e que podem impactar na oferta de bolsas de estudos para alunos pobres e atividades essenciais para o funcionamento das instituições.
Para o ano que vem, o governo enviou uma proposta de orçamento com uma redução de R$ 300 milhões aos institutos federais comparado a este ano. A previsão de orçamento desse setor para o próximo ano é de R$ 2,1 bilhões.
“Sabemos que, nas universidades, a militância é enorme. É um ‘carnaval’ contra a minha pessoa. Eu estou quase contra tudo e contra todos”, completou Bolsonaro.
O ministro da Educação, Victor Godoy, publicou um vídeo em uma rede social, nesta sexta, anunciando que recuou da decisão de bloquear a verba de R$ 2,4 bilhões da pasta, que impactaria no orçamento de universidades e institutos federais.
“Eu já tinha dito que não haveria impacto para as universidades e os institutos, que nós tratamos de caso a caso. E agora estamos fazendo uma liberação para todo mundo, para facilitar e agilizar a vida de todo mundo”, disse.
O ministro ainda afirmou que “o limite de empenho será liberado para universidades federais, institutos federais e a Capes”.
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