O empresário Rodrigo Donovan, que é ligado a um clube de tiros com sede em Campo Grande, é suspeito de desviar armas de possíveis Caçadores, Atiradores e Colecionadores (CACs) para facções criminosas, segundo a Polícia Federal (PF).
A operação chegou ao empreendimento, chamado Golden Boar, após Narciso Chamorro ser preso com um arsenal no porta-malas de um veículo no dia quatro de outubro. O clube e Donovan negam envolvimento no caso.
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Narciso foi preso com quatro fuzis calibre 7.62, três pistolas 9 mm de fabricação americana com “kit rajada”, coletes balísticos com identificações falsas da Polícia Civil, balaclavas e várias munições. Os itens eram roubados e estavam no porta-malas do carro que o suspeito dirigia quando foi parado pelos policiais. Para os agentes, o homem confessou que receberia R$ 2 mil para guardar e transportar os armamentos e que já era a segunda vez que fazia isso.
Segundo o inquérito da PF, a suspeita é de que as armas de CACs seriam desviadas para as organizações criminosas "dedicadas à prática de crimes violentos, como roubos a comércios, bancos e até tomada de cidades".
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Ao ser ouvido pela PF, Narciso diz que a pessoa que o contratou para "guardar" o arsenal tem nome e sobrenome com as iniciais "RD". Após citar as letras, o nome de Rodrigo Donovan foi citado por Narciso no interrogatório.
Em nota, o clube de tiro disse que “não tem como associado, cliente ou parceiro a pessoa do Sr. Narciso Chamorro, investigado por suposta prática dos delitos de posse e porte de armas de fogo e munições de uso permitido e restrito pela Polícia Federal”.
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