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Reprodução/Instagram/@oficialeddy
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O condomínio onde Eddy Júnior morava e foi alvo de ataques racistas foi palco de protestos de movimentos negros na noite desta quinta-feira (20). No ato, foi possível ver cartazes contra o racismo e em defesa do humorista. Astrid Fontenelle e o comediante Paulo Vieira marcaram presença.

Na última semana, Eddy Junior usou as redes sociais para expor os ataques racistas e ameaças que recebeu da aposentada Elisabeth Morrone. Ela se recusou a subir no mesmo elevador que ele, o chamou de “macaco”, “imundo” e “bandido”. Além disso, o filho dela bateu na porta de Eddy empunhando uma faca.

“Cai fora. Não quero ficar com ele. Não vou [subir com ele]. Não quero”, afirma a mulher na gravação.


O humorista prestou depoimento na noite de quarta-feira (19), na Delegacia de Crimes Raciais (Decradi). Após registrar um Boletim de Ocorrência, o artista optou por deixar o condomínio e ficar em um hotel.

O que diz a defesa

A defesa de Morrone emitiu um comunicado e negou “qualquer tipo de preconceito” contra o humorista.

"As desavenças com seu vizinho Eddy Jr. ocorrem há aproximadamente 1 ano e jamais tiveram relação com racismo ou qualquer tipo de preconceito. O Sr. Eddy Jr. costumava fazer frequentes barulhos para perturbar o sossego da Sra. Elisabeth, inclusive foi multado diversas vezes por esse motivo. Faz constantes festas com som alto e há farta documentação a esse respeito. Inclusive, é importante destacar que o episódio do dia 18/10 ocorreu por volta das 3 horas da manhã, sendo que a Sra. Elisabeth, que é idosa e tem um filho especial, estava de roupão (ou seja, foi acordada), e reagiu após constantes e injustas provocações feitas pelo Sr. Eddy, que vestia roupas normais e passeava com seu animal de estimação em plena madrugada. Inclusive, a Sra. Elisabeth se recusou a ingressar no mesmo elevador que o Sr. Eddy em razão de todas as desavenças narradas (apenas por isso) e, diante disso, foi perseguida pelas escadarias do prédio. Por fim, urge ressaltar que o vídeo divulgado para incriminar a Sr. Elisabeth foi completamente editado, inclusive, para dar a impressão de falas racistas que jamais foram proferidas, o que restará comprovado no momento oportuno”, disse o advogado Fermison Guzman Moreira Heredia em nota.

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Protestos de moradores

Após a repercussão das publicações de Eddy Jr, diversos moradores do condomínio United Home & Work fizeram protestos  na última quarta-feira (19) contra a moradora que cometeu racismo.

Com cartazes que escritos “#ForaRacista”, os vizinhos afirmaram que essas atitudes por parte dela são recorrentes e que eles estão preocupados também com a própria segurança.

A empresária Janaína Tozzi, vizinha de porta do humorista, explicou em entrevista à TV Globo que o filho da mulher passou a fazer ameaças no condomínio.

“Estou me sentindo extremamente acuada e ameaçada com a presença desses dois vizinhos aqui dentro. Eles vão com faca e garrafas no meu andar e fazem ameaças. Temos gravações. Algumas vezes em que ela foi lá reclamar, o Eddy nem estava em casa”, revelou.

Condomínio se manifesta

O advogado do condomínio United Home & Work emitiu um comunicado explicando que a moradora será multada em dez vezes o valor do condomínio mensal. Como o preço é cerca de R$ 700, ela deverá pagar próximo de R$ 7 mil.

“O Código Civil prevê no artigo 1.337 que o condômino antissocial que cometer atos reiterados de incompatibilidade de convivência social poderá ser multado sumariamente. Nós já estamos aplicando essa multa, e uma assembleia extraordinária será convocada para ratificar essa multa e deliberar sobre outras providências”, explicou.

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Também será sugerido uma medida judicial de abstenção de novos atos e agressões por parte dela. Caso volte acontecer, ela poderá ser expulsa do prédio.