O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou na tarde desta quarta-feira (16) em seu discurso na Cúpula do Clima (COP-27), que acontece em Sharm el-Sheik, no Egito, que o "Brasil está de volta" ao debate climático global.
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O petista, que assume a presidência do Brasil no dia primeiro de janeiro de 2023, falou no desafio de enfrentar o aquecimento global em meio a múltiplas crises e destacou que "não existem dois planetas Terra".
"Não haverá futuro enquanto estivermos cavando um poço sem fundo entre ricos e pobres", disse Lula, que lembrou do compromisso firmado pelos países ricos em 2009, de oferecer US$ 100 bilhões anuais para que as nações mais pobres enfrentassem os efeitos da crise climática. "Esse compromisso nem foi nem está sendo cumprido", afirmou.
Esta é a segunda fala pública do petista na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) , que participa da primeira agenda no exterior após o resultado das eleições.
"O combate à mudança climática terá o mais alto perfil na estrutura do próximo governo", destacou, repetindo a promessa de zerar o desmatamento na Amazônia.
Mais cedo, Lula disse em outro espaço da COP que pretende tirar o Brasil do isolamento e vai pedir à ONU para que a conferência de 2025 seja realizada em alguma cidade que tenha o bioma.
No discurso de 28 minutos, Lula também destacou efeitos devastadores de eventos climáticos extremos na Europa, na África, na Ásia e nos Estados, além de falar sobre a seca histórica que o Brasil enfrentou em 2020 e no ano passado.
Lula também destacou o desafio de avançar na pauta ambiental enquanto o planeta sofre com múltiplas crises, como a do risco de um conflito nuclear, de abastecimento e de energia, da biodiversidade e o aumento dos desníveis sociais.
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