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Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde
Reprodução/ Flickr Ministério da Saúde

O Brasil recebeu, nesta segunda-feira (12), mais um lote de vacinas bivalentes BA1 contra a Covid-19. As doses são de fabricação da Pfizer, que tem contrato assinado com o Ministério da Saúde para a entrega de todas as vacinas disponíveis, com as atualizações, e aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Segundo a contagem do ministério, com a chegada deste lote, o país totaliza 4,5 milhões de doses da vacina. Até o dia 19 de dezembro, o Brasil deve receber ainda mais um carregamento de 4,4 milhões do imunizante.

Na última sexta (9), o Brasil recebeu o primeiro lote com 1,4 milhão de doses de vacinas bivalentes. Após a chegada, os imunizantes devem passar por avaliação e análise do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). As orientações sobre a distribuição, a aplicação das vacinas e o público-alvo serão publicadas pelo Ministério da Saúde.

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Os novos imunizantes são o bivalente BA.1 e o bivalente BA.4/BA.5, que são duas sublinhagens da variante ômicron, mutações que causaram aumento de casos da doença nas últimas semanas. Ao site da TV Cultura, a infectologista Raquel Stucchi, professora da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), explicou a diferença entre a vacina bivalente e os imunizantes já conhecidos contra a Covid.

Os imunizantes aprovados são: bivalente BA.1: protege contra a cepa original e contra a subvariante ômicron BA.1; bivalente BA.4/BA.5: protege contra a cepa original e contra as subvariantes ômicron BA.4/BA.5.

A vacina bivalente já havia sido aprovada na União Europeia e nos Estados Unidos. Ela recebe esse nome porque foi atualizada para proteger contra a variante ômicron. A especialista destaca que os imunizantes surgem em um contexto de aumento de casos causado por uma nova mutação, o que pode causar um enfraquecimento na capacidade de proteção.

Segundo Stucchi, sempre houve uma preocupação com a atualização dos imunizantes, visto que o surgimento de novas variantes eram esperados. Com isso, as farmacêuticas e empresas desenvolveram as vacinas bivalentes. No entanto, apesar da chegada dos lotes, não há previsão para o início da aplicação no Brasil.

“Demorou para autorizar a vacina, já tinha um pedido e demorou bastante. Era muito claro que a Anvisa não traria obstáculo para esta vacina, uma vez que todos os outros centros regulatórios do mundo, europeu e norte-americano já tinham aprovado. A Anvisa estava analisando, com isso, o Ministério da Saúde já poderia ter se antecipado, nas conversas e na relação à aquisição destas vacinas”, disse.

As vacinas monovalentes, que só tinham a cepa original do vírus, continuam sendo importantes no combate à Covid-19. O sistema vacinal com quatro doses (sendo duas de reforço) deve ser seguido para a proteção contra a doença. De acordo com a especialista, se a vacina bivalente demorar para ser aplicada, é provável que uma quinta dose passe a ser indicada.

De acordo com dados do Consórcio de veículos de imprensa a partir de dados das secretarias estaduais de Saúde, somente 49,70% da população tomou a dose de reforço, o percentual representa 106.762.664 brasileiros. Dentre os maiores de 18 anos, o valor sobe para 65,99%.

“Se tivermos ainda uma grande circulação do vírus e esta vacina bivalente for demorar muito tempo para chegar, mais do que quatro meses, a gente tem que fazer uma dose com a vacina que a gente tem agora para proteger os casos leves”, explica a infectologista.

No entanto, é importante pontuar que a vacina bivalente deve ser utilizada como uma dose de reforço, segundo Stucchi, é uma recomendação internacional. O imunizante deve ser aplicado em pessoas maiores de 12 anos.

A vacina bivalente BA.1 está aprovada em 35 países. Já a vacina bivalente BA.4/BA.5 está aprovada em 33 países: Estados Unidos, Japão, Reino Unido, países da União Europeia são alguns deles. A recomendação é de que seja aplicada em grupos de maior risco, como idosos, imunossuprimidos e gestantes.

A expectativa é de que a Pfizer distribua ainda 27,4 milhões de doses da vacina com as subvariantes BA.4 e BA.5. Somando os dois tipos, o Brasil deve contar com 36,3 milhões de doses da vacina bivalente.

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