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"Bolsonaro e o bolsonarismo são os mentores intelectuais da tentativa de golpe", afirma Alexandre Padilha

O ministro fala sobre a responsabilidade política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos antidemocráticos


09/01/2023 23h17

O Roda Viva recebe nesta segunda-feira (9) o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT).

Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o político já foi Secretário Municipal da Saúde de São Paulo e Ministro da Saúde, sob as gestões de Fernando Haddad (PT) e Dilma Rousseff, respectivamente

Padilha também comandou a pasta das Relações Institucionais do país anteriormente, entre 2009 e 2010, no final do segundo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nas eleições de 2018, ele conseguiu uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo.

O ministro fala sobre a responsabilidade política do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos antidemocráticos que aconteceram no domingo (8).

“Bolsonaro e o bolsonarismo são os mentores intelectuais da tentativa de golpe, parte do bolsonarista ainda é financiadora dos atos. Não tenho dúvidas sobre a responsabilidade política, intelectual e de financiamento do Bolsonaro e do bolsonarismo nas atitudes de ontem. Bolsonaro vem incentivando isso ao longo de quatro anos, criou um ambiente contra o STF, atacou a integridade física dos ministros, o bolsonarismo fez isso. Bolsonaro tem responsabilidade política e o bolsonarismo tem responsabilidade material e a apuração vai ser feita”, ressalta.

“Vamos atrás de quem financiou e da responsabilidade de qualquer agente político, inclusive do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele não está protegido em relação a qualquer apuração sob responsabilidade”, complementa.

Terroristas invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Os criminosos destruíram obras de arte, roubaram itens e ainda depredaram partes dos edifícios. O prédio do STF foi o mais prejudicado.

Padilha avalia ainda uma possível CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre os atos.

“É um debate do Congresso, certamente é um debate que vai acontecer em fevereiro, o Congresso vai poder discutir como vai conseguir colaborar com as investigações,como aprimoramentos nas instituições para que não exista mais riscos à democracia.

O líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), disse nesta segunda (9) que já foram colhidas as assinaturas necessárias para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre atos golpistas em Brasília, no domingo (8).

O pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito foi aberto pela senadora Soraya Thronicke (União-MS). Até o momento 31 senadores assinaram o pedido de CPI, sendo o 27 o mínimo necessário para abertura, que ainda não foi protocolada.

A senadora já pode protocolar o pedido de CPI, mas a comissão duraria até o dia 31 de janeiro, uma vez que não pode transpassar de uma Legislatura para outra. Dos 31 signatários, cinco vão ficar sem mandato a partir do dia 1° de fevereiro.

Participam da bancada Fábio Zanini, editor da coluna Painel da Folha de S.Paulo, Renato Andrade, coordenador da sucursal do jornal O Globo em São Paulo, Cristiane Agostine, repórter de política do jornal Valor Econômico, Juliana dal Piva, colunista do UOL, e Luiza Moraes, repórter da TV Cultura.

Com apresentação de Vera Magalhães, o programa irá ao ar ao vivo às 22h, na TV Cultura, site da emissora, canal do YouTube, Dailymotion, e nas redes sociais Twitter e Facebook.

Assista ao programa ao vivo:

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