Itens destruídos por bolsonaristas no DF foram feitos por sobreviventes do holocausto
Judeus, Jorge Zalszupin e Frans Krajcberg tiveram que deixar seus países com a ascensão do nazifascismo na Europa
10/01/2023 09h49
Dentre os itens que os terroristas destruíram no último domingo (8) em Brasília, estão obras feitas por sobreviventes do Holocausto. Elas estavam no Palácio do Planalto e no Supremo Tribunal Federal (STF). Os bolsonaristas também invadiram o Congresso Nacional, o que completa a depredação dos três Poderes.
As cadeiras dos ministros do STF foram projetadas por Jorge Zalszupin, arquiteto e designer polonês que precisou fugir de seu país após a ascensão do nazifascismo na Europa. Nascido em Varsóvia, o judeu foi para a Romênia, sobreviveu ao Holocausto e imigrou ao Brasil depois da Segunda Guerra Mundial.
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Outro item destruído pelos fãs de Jair Messias Bolsonaro (PL) foi uma escultura de madeira que ficava na parede do Palácio do Planalto. A obra era de Frans Krajcberg. Também judeu, o artista nasceu em Kozienice, na Polônia. Com a explosão da Segunda Guerra Mundial, ele teve que fugir para a União Soviética.
Galhos de madeira que compõem a obra foram quebrados e arremessados para longe. Seu valor é estimado em R$ 300 mil. Já as cadeiras dos magistrados da Suprema Corte foram arrancadas e jogadas na rua, bem como o brasão que ficava exposto no plenário. A história foi resgatada na última segunda-feira (9) pelo Museu do Holocausto.
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