O ministro Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública) explicou nesta sexta-feira (13) que ainda não há elementos para abrir uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PF) sobre a minuta encontrada na casa de Anderson Torres. No documento, havia uma proposta para decretar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) após a realização do segundo turno.
O objetivo final da minuta era anular o resultado da eleição que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu.
"A apreensão do documento em si mesma já é um fato relevante. É claro que isso constará do inquérito policial, porque configura ainda mais cabalmente que existe uma cadeia de responsáveis pelos eventos”, afirmou Dino.
Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, será preso assim que chegar de viagem aos Estados Unidos.
— Jornalismo TV Cultura (@jornal_cultura) January 13, 2023
Na casa dele, agentes da PF encontraram minuta que pode configurar tentativa de interferir no comando do TSE e mudar o resultado da eleição presidencial.#JTCultura pic.twitter.com/EHGH37CRGl
"Lembro também que o Ministério Público Federal, por intermédio de algumas dezenas de procuradores, solicitou que as investigações se refiram ao senhor Jair Bolsonaro. Mas claro que isso depende da requisição do Ministério Público nesse caso concreto, e nós não temos elementos ainda, neste instante, para afirmar que o senhor Bolsonaro é investigado, formalmente falando”, completou.
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O documento foi encontrado no armário de Torres enquanto a Polícia Federal cumpria um mandado de busca e apreensão.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou a prisão do ex-ministro, que está nos Estados Unidos e já informou que irá se entregar a justiça quando retornar ao Brasil.
Reveja o Roda Viva com o ministro Flávio Dino:
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