O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a inclusão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito que apura a autoria dos atos golpistas e ataques às sedes dos três poderes em Brasília. A decisão atende o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que recebeu uma representação assinada por mais de 80 integrantes do Ministério Público Federal.
Na decisão, Moraes explicou que é possível observar em Bolsonaro o mesmo modus operandi de divulgação usada por suposta organização criminosa investigada no inquérito.
"Circunstâncias que, em tese, podem ter contribuído de maneira muito relevante para a ocorrência dos atos criminosos e terroristas tais como aqueles ocorridos em 8/1/2023, em Brasília/DF", escreveu Moraes.
"O pronunciamento do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às Instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal - imputando aos seus Ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato - e o Tribunal Superior Eleitoral -, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi é fraudado”, completou.
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O ex-presidente usou poucas as redes sociais após as eleições. Mas, uma das vezes, foi para compartilhar um vídeo atacando o sistema eleitoral e questionando a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Isso, poucos dias após os ataques na capital brasileira. Três horas depois, ele deletou a publicação.
Para os procuradores, a conduta do ex-presidente buscou incitar a população para o cometimento de crimes.
Moraes também mandou a Meta, empresa que administra o Facebook, preservar o vídeo publicado e apagado por Bolsonaro para aferir o alcance da postagem e sua autoria.
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