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"Não há nenhuma predisposição do governo de fazer qualquer mudança na relação com o BC", diz Padilha

Presidente afirmou em uma entrevista que era uma "uma bobagem" dizer que BC independente pode fazer mais pela economia


19/01/2023 17h46

O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comentou nesta quinta-feira (19) sobre as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação à autonomia do Banco Central (BC). Em postagens no Twitter, o ministro disse que não haverá mudanças. 

“Não há nenhuma pré-disposição por parte do governo de fazer qualquer mudança na relação com o Banco Central”, escreveu.

“O governo sabe que a política monetária e o papel de análise da macroeconomia do Banco Central são de extrema importância. E, também por isso, a convivência respeitosa entre as instituições vai continuar sendo a ordem dessa gestão”, acrescentou. 

A declaração acontece após o presidente afirmar que a autonomia do BC prevista em lei é "uma bobagem". O petista concedeu uma entrevista à Globonews na quarta-feira (18).

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"A minha divergência é o seguinte, neste país se brigou muito para ter um Banco Central independente achando que ia melhorar o quê? Sabe, eu posso te dizer com a minha experiência, é uma bobagem achar que um presidente do Banco Central independente vai fazer mais do que fez o Banco Central quando o presidente [da República] é quem indicava. Eu duvido que esse presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] seja mais independente do que foi o [Henrique] Meirelles. Duvido. Por que, com o banco independente, a inflação está do jeito que está? Os juros estão do jeito que estão?", pontuou.

“O que nós precisamos nesse instante é o seguinte, a economia brasileira precisa voltar a crescer, e nós precisamos fazer distribuição de renda, nós precisamos fazer mais política social", acrescentou o petista.

A autonomia do Banco Central entrou em vigor em fevereiro de 2021, a lei foi aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo governo. A norma tem como mudança a adoção de mandatos de quatro anos para o presidente e diretores da autarquia federal.

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