O consórcio de veículos de imprensa chegou ao fim no último sábado (28), após 965 dias ininterruptos de trabalho. O consórcio foi criado em junho de 2020 com a missão de garantir a transparência sobre o impacto do coronavírus e da vacinação.

A divulgação dos casos e mortes, no entanto, continuará a ser feita por cada órgão de imprensa. Especialistas acreditam que os dados dos governos estaduais e federal têm se mostrado confiáveis e, por isso, não há mais necessidade de apuração diária dos dados em conjunto pelos veículos que participaram do projeto. 

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Durante todo o período de atuação, os números de contaminados e mortos por Covid eram consolidados sempre às 20h. O consórcio surgiu como resposta ao atraso na publicação de dados pelo governo federal e à falta de transparência dos números. 

Na ocasião, o boletim oficial passou a dar destaque aos casos e aos óbitos registrados no dia, mas sem o total acumulado de mortos e infectados. Casos registrados como de "recuperados", mesmo sem haver à época o conhecimento de cura da doença, também passaram a receber mais destaque.

O ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a dizer que não divulgar o número de mortos pela Covid era "bom para o Brasil". Atualmente, a média móvel de óbitos por dia está em torno de 80. É o dobro do registrado no início de novembro, mas nada comparável ao que aconteceu há dois anos, quando chegou a haver mais de 3.000 mortes por dia