O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronunciar sobre o pedido de soltura feito pela defesa de Fábio Augusto Vieira, ex-comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal.
Vieira foi preso após a invasão de terroristas à Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, em Brasília.
O pedido de soltura aconteceu depois da divulgação do relatório do interventor da segurança pública no Distrito Federal, Ricardo Cappelli. Fábio Vieira diz que o próprio relatório sobre os ataques prova a sua inocência.
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“Há diversos argumentos que estão apoiados pelas provas juntadas pelo relatório do interventor. A apuração dos fatos não permite outra decisão juridicamente justificada diferente da revogação da prisão do coronel Fábio Vieira”, afirmou Thiago Turbay, advogado do ex-comandante.
A defesa destaca que o policial esteve pessoalmente tentando impedir a invasão aos prédios do Congresso Nacional, STF e Palácio do Planalto. Vieira chegou a ser ferido na cabeça pelos golpistas.
Ricardo Cappelli divulgou na última sexta-feira (27) um relatório sobre os atos terroristas em Brasília.
O documento expõe detalhes a respeito da invasão às sedes dos três Poderes por parte dos bolsonaristas. Segundo o relatório, não houve um planejamento operacional de policiamento para evitar a ação dos golpistas.
Cappelli também evidenciou a importância do acampamento montado em frente ao QG do Exército, no Setor Militar Urbano, nos atos terroristas – tanto a invasão da Praça dos Três Poderes quanto a tentativa de explodir um caminhão-tanque no Aeroporto de Brasília.
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