A Força Aérea Brasileira (FAB) tem entregado cestas básicas com sardinhas enlatadas aos indígenas que vivem na terra Yanomami. O povo do local vive uma crise humanitária e sanitária por conta dos rios altamente poluídos e contaminados pelo garimpo ilegal.
Sem a possibilidade de pesca e com a caça em geral também afetada, os Yanomami têm lutado contra a fome, desnutrição grave e malária.
A FAB participa da ajuda humanitária desde o dia 21 de janeiro, quando o presidente Lula visitou a Casa de Saúde Indígena (Casai). Ao todo, até essa quinta-feira (2), já foram mais de 3 mil cestas básicas entregues na região de Surucucu de avião. Os alimentos são arremessados de paraquedas pelos militares.
Desde o começo da ajuda humanitária, 61,6 toneladas de medicamentos e mantimentos foram distribuídos. Além disso, 37 ações de transporte de pacientes foram feitas em helicópteros da FAB.
Um dos vários problemas trazidos pelo garimpo é a contaminação dos rios pelo mercúrio. O garimpo ilegal cresceu 54% em 2022 e devastou 5.053 hectares de Terra Indígena Yanomami, aponta um levantamento da Hutukara Associação Yanomami.
O território tem mais de 10 milhões de hectares, o que corresponde à extensão aproximada do estado do Pernambuco. No local, vivem pouco mais de 30 mil indígenas na área que deveria, por lei, ser preservada.
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