O economista assumiu a presidência da instituição em 2019. Indicado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL), Campos é defensor da autonomia do BC.
Em pergunta feita pela repórter Alexa Salomão, o presidente do Banco Central respondeu dúvidas sobre o aumento da taxa Selic e juros no Brasil.
"[...] O senhor podia numerar, até para quem está assistindo, quais são os riscos fiscais que a gente tem que manter a taxa de juros em 13,75%?", questiona a jornalista.
"São vários fatores estruturais. Temos problemas crônicos, como o da dívida. No final, as taxas são muito correspondentes, e temos principalmente questões fiscais, uma trajetória de gastos difíceis de serem interrompidas", diz Campos.
A Taxa Selic hoje está cerca de 13,75% ao ano, como afirmou a jornalista Alexa Salomão. A próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) vai acontecer nos dias 21 e 22 de março de 2023, para decisão das próximas taxas.
Ainda sobre seu alcance para aproximar a autoridade monetária do governo Lula (PT), ele afirmou: "É importante reconhecer a legitimidade do resultado das eleições, da eleição do presidente Lula, que foi feita de uma forma democrática. O Banco Central é uma instituição de Estado, precisa trabalhar com o governo sempre".
Ainda em resposta, o presidente do Banco Central afirmou que há uma tentativa de equilíbrio de dívidas e disse que "Olhar para a inflação é olhar o social também", já que a Selic é um exemplo de taxa que impacta na poupança do brasileiro.
Participam da bancada de entrevistadores Alex Ribeiro, repórter especial do Valor Econômico, Alexa Salomão, repórter da Folha de S.Paulo, a comentarista de economia do Grupo Bandeirantes Juliana Rosa, Alvaro Gribel, colunista do jornal O Globo, e Adriana Fernandes, repórter especial e colunista do jornal O Estado de S.Paulo.
Roda Viva vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura, no site da emissora, YouTube, Dailymotion, Twitter e Facebook.
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