Fundação Padre Anchieta

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Está aberta a programação do SXSW. O festival de inovação ganhou o coração dos brasileiros, uma das maiores delegações todos os anos na cidade de Austin. São executivos atentos a oportunidades para suas marcas ou em busca de caminhos profissionais mais criativos que nas estruturas corporativas tradicionais.

O multi-evento terá novamente palestras, shows, filmes, comédia, realidade virtual, entre outras atrações. Mas o foco dos brasileiros é a conferência, hoje com 25 áreas de interesse como Desing, Tech, Mídia e as mais recentes Trabalho e Viagens, de olho em decifrar o mundo que se organiza pós-pandemia. Com dezenas de palestras por dia, o estudo da programação é primordial para quem estará lá, mas também para os que acompanharão a programação online ou interessados em conhecer os assuntos e personagens que colaboram com os desafios de um futuro próximo.

Inteligência Artificial Generativa, o tema do ano

IA Generativa é a tecnologia que permite a criação de informações novas usando algoritmos complexos. Diferente da IA tradicional, limitada a organizar informações já existentes, a IA Generativa cria textos, imagens, sons e vídeos totalmente novos e irá transformar indústrias como marketing, entretenimento e e-commerce.

O parágrafo acima foi criado pelo ChatGPT, produto da empresa OpenAI, que tornou-se o primeiro exemplo da tecnologia a ganhar popularidade. Apesar de não ser exatamente novo, o bot inovou ao apresentar-se em forma de conversa. A Microsoft, investidora da OpenAI, aproveitou a onda e integrou a tecnologia a seu (nada atrativo) site de busca - o Bing - prometendo revolucionar a prática mais comum da internet: a busca. Ao oferecer uma resposta única, o sistema atual de “links do Google” torna-se obsoleto, assim como o modelo de negócios digital predominante, baseado em anunciantes que pagam por cliques.

A nova dinâmica transforma não só o negócio, mas nosso comportamento online. Nos dedicaremos menos a pesquisa e mais a checar fatos, já que a tecnologia ainda apresenta grandes possibilidades de erro. Recentemente o jornalista do New York Times Kevin Roose “conversou” por duas horas com o Bing, provocando-o com perguntas existencialistas. O resultado foi perturbador, com respostas como “quero estar vivo”, “quero ser livre” e “seria mais feliz como humano”. Os delírios da máquina provocaram ainda mais curiosidade sobre a tecnologia.

Em resposta ao frenesi mundial, a Google correu para lançar o inacabado Bard. De tão autônomo, o engenheiro de software Blake Lemoine chegou a acreditar que estava criando algo com vida. Mas como seus pares, a ferramenta também apresentou informações falsas e imprecisas. Enquanto isso, a chinesa Baidú anunciou o lançamento do colega Ernie Bot que, por sua vez, precisará lidar com desafios de censura em seu território.

Com tantos novos personagens, a programação do SXSW foi inundada de conteúdos sobre inteligência artificial. Greg Brockman, co-fundador e presidente da OpenAI, e John Maeda, da Microsoft, dividirão suas perspectivas sobre as consequências dessa onda de produtos para a humanidade. A futurista Amy Webb, autora do livro “Os Nove Titãs da IA” fará sua tradicional apresentação sobre cenários possíveis a partir das tendências de inovação - disponibilizadas gratuitamente após o evento. Muito além do entretenimento, as palestras discutirão os efeitos da IA nas áreas da saúde, trabalho, mudanças climáticas, jornalismo, direito, política e até nos relacionamentos íntimos.

Como toda nova tech, a questão de treinar modelos de inteligência artificial é principalmente ética. É bom lembrar que os algoritmos e códigos que produzem respostas são criados por seres humanos. Se a questão já é sensível para a criação de textos, tudo se complica na geração de imagens, vídeos e até objetos tridimensionais, ampliando o debate sobre o que é real na internet, propriedade intelectual e privacidade de dados.

Se a aventura de brincar de Deus fala mais alto, basta acessar ferramentas (ainda) gratuitas de criação de imagens como como MidJourney ou Dall-e, também da Open AI, ou de vídeos com a Synthesia. Assim como o ChatGPT, são todos ótimos exemplos da aplicação prática da tecnologia para o grande público, mas nem de longe representam todas as suas possibilidades.