A estudante Clara Costa, de 26 anos, buscava cursar Sistema de informação na Universidade Federal do Pará (UFPA). A aprovação dela no vestibular para 2022 vem após ela já ter feito serviço social entre 2013 e 2018.
Na época, ela foi cotista pela cor e por ser estudante de escola pública. Entretanto, ao voltar à instituição de ensino ela passou pela banca de heteroidentificação de cotistas e teve a entrada negada.
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A banca de heteroidentificação foi criada para assegurar que a autodeclaração de estudantes cotistas seja validada pela UFPA. De acordo com a universidade, o objetivo é evitar fraudes. O sistema de cotas é uma política de reparação histórica, com a intenção de pluralizar o acesso ao ensino superior.
O resultado da negativa foi publicado no site do Centro de Registro e Indicadores Acadêmicos (CIAC) da instituição. Segundo a UFPA, de 2010 a 2022, ingressaram 41.309 candidatos negros (de cor parda e preta).
Até o ano passado, a universidade diz ter registrado 68 denúncias de fraude no sistema de cotas, incluindo casos relacionados a cotas raciais e pertencimento étnico de indígenas e quilombolas.
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