O número de pessoas mortas pela polícia no Estado de São Paulo aumentou 19,3% no primeiro mês do ano comparado ao mesmo período no ano passado. Registros mostram que 37 perderam a vida durante confrontos contra policiais. Os dados foram publicados no Diário Oficial desta sexta-feira (10).
Ainda em janeiro, somaram-se 13 mortes praticadas por policiais militares fora de serviço. No ano passado, três pessoas morreram em confrontos com PMs de folga.
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Estudo da Fundação Getúlio Vargas divulgado no ano passado mostrou que a introdução das câmeras no uniforme policial evitou 104 mortes entre julho de 2021 e julho de 2022. Além disso, o ano de 2021 terminou como o de menor letalidade policial em São Paulo desde 2017, que chegou a 570 mortes, frente as 941 ocorridas cinco anos antes.
O que diz a Secretaria de Segurança Pública
A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP), administrada pelo ex-capitão da Polícia Militar Guilherme Derrite, alega que somente as mortes em serviço devem ser consideradas para o índice de letalidade. De acordo com a pasta, houve queda de 15% na letalidade policial: foram 27 mortes registradas em janeiro de 2022, contra 23 do mesmo mês deste ano.
Em nota, a Secretária de Segurança Pública afirmou que a soma de 37 não conta como um número total. Segundo o Órgão, "as mortes decorrentes de intervenção policial em serviço reduziram 15% no mês de janeiro de 2023 em relação ao mesmo mês em 2022. Foram 23 casos contra 27. É equivocado equiparar confrontos entre agressores e policiais em serviço, momento em que estão atuando para proteger a população, com situações em que estão de folga. São realidades absolutamente distintas".
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