“Escolas precisam se aproximar dos estudantes", alerta especialista após ataque em SP
Jornal da Tarde conversou com Alexandre Scheneider, pesquisador e consultor em educação, sobre medidas de prevenção destes casos
28/03/2023 16h19
Após o ataque à faca que causou uma morte em uma escola de São Paulo, na última segunda-feira (27), a discussão sobre como instituições de ensino podem agir e sobre o papel das redes sociais voltou à tona.
O Jornal da Tarde desta terça-feira (28) recebeu o pesquisador e consultor em educação Alexandre Scheneider para discutir o assunto. Para o especialista, “estamos vivendo um momento complexo”, que demanda ações dentro e fora do ambiente escolar.
“Dentro do ambiente escolar, precisamos trabalhar contra a invisibilidade de determinados alunos. É comum que a escola não consiga ter um trabalho individualizado”, disse. O especialista defende que secretarias devem formar os professores para identificarem casos de comportamentos que parecem “diferentes”.
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Alexandre Scheneider reforçou a importância de trabalhar a escola com um “lugar de confiança” entre profissionais da escola e alunos: “Para isso, a escola precisa se preparar e incentivar mentorias e conversas”.
Com relação às ações fora do ambiente escolar, o especialista aponta como foco a família. Para ele, a escola poderia passar informações para os pais sobre como estão os filhos e criar mais oportunidades para que pais e filhos convivam juntos na escola.
“Em vez de buscar os culpados, podemos olhar as causas, que são múltiplas. Temos uma sociedade mais fragmentada, viemos de uma pandemia onde as pessoas se desacostumaram a conviver, e estamos em um mundo hiperconectado”, disse Scheneider.
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O especialista diz que casos como o da Escola Estadual Thomazia Montoro não são fruto de algo exclusivo, mas vêm sendo construídos ao longo do tempo. Sobre as redes de ódio, Alexandre Scheneider apontou como uma das soluções o trabalho de investigação sobre essas redes.
Assista à entrevista completa:
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