O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (24) que a entrega do Prêmio Camões a Chico Buarque corrige "um dos maiores absurdos" contra a cultura brasileira.
A declaração foi dada nesta tarde durante a cerimônia de entrega da premiação, que ocorreu em Sintra, Portugal, com quatro anos de atraso.
"Hoje, para mim, é uma satisfação corrigir um dos maiores absurdos cometidos contra a cultura brasileira nos últimos tempos. Digo isso porque esse prêmio deveria ter sido entregue em 2019 e não foi. Todos nós sabemos por quê", expõe o chefe do Executivo.
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O cantor, compositor e escritor, por sua vez, diz que recebe o prêmio como um "desagravo" aos artistas brasileiros e exaltou o fato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não ter assinado o diploma.
“Reconforta-me lembrar que o ex-presidente teve a rara fineza de não sujar o diploma do meu prêmio Camões, deixando seu espaço em branco para a assinatura do nosso presidente Lula", expõe.
Criado em 1988, o prêmio, que é considerado o mais importante da Língua Portuguesa, tem como objetivo “consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural do idioma", segundo o Ministério da Cultura (Minc). O primeiro a recebê-lo, em 1989, foi o poeta e escritor português Miguel Torga.
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