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Brasil teria observado inflação de 10% em 2022 se não fosse o BC, diz Roberto Campos Neto

“Para controlar a inflação e a expectativa do ano que vem, teríamos que ter juros de 18,75% (ao ano)", completou o presidente da instituição


25/04/2023 11h48

Roberto Campos Neto afirmou nesta terça-feira (25) que, caso o Banco Central (BC) não elevasse a taxa básica de juros da economia brasileira, o país teria observado uma inflação de 10% em 2022. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número oficial foi de 5,8% no ano passado.

"Nunca na história desse país, nem na história do mundo, foi feito um movimento de alta dos juros em um período eleitoral. O que mostra que o BC entendeu que a inflação ia subir, antes de grande parte dos outros países. O BC do país foi um dos primeiros a subir os juros", declarou o presidente da instituição.

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A fala foi feita durante uma audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado Federal. O banco será presidido por Campos Neto, indicado pelo ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL), até 2024.

Com 13,75% ao ano, a Selic se encontra em seu maior patamar em seis anos atualmente.

“Para controlar a inflação e a expectativa do ano que vem, teríamos que ter juros de 18,75% (ao ano). Se não tivéssemos, a inflação ia contaminar e subir bastante. O BC atuou de forma autônoma”, completou Campos Neto na ocasião.

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