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Reprodução/Joedson Alves/Agencia Brasil
Reprodução/Joedson Alves/Agencia Brasil

Relatórios mostram que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) enviou uma série de alertas, via mensagem no celular, sobre a possibilidade de uma invasão nos prédios da praça dos três poderes no dia 8 de janeiro.

Segundo documentos sigilosos revelados pelo jornal Folha de S. Paulo, os alertas foram distribuídos por mensagem para a cúpula de 14 órgãos ligados ao sistema brasileiro de inteligência, incluindo disparos para o telefone do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Gonçalves Dias.

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Em nota, a defesa do general Gonçalves Dias disse que ele não foi alertado por nenhuma agência ou órgão oficial antes dos atos de 8 de janeiro. O Ministério da Justiça e Segurança Pública também informou que nenhum dirigente da nova gestão foi convidado a entrar no grupo de mensagens gerenciado pela Abin para receber relatórios.

O envio dessas mensagens foi criticado pelo ministro interino do GSI. Pelas redes sociais, Ricardo Cappelli disse não ser adequado que informes de inteligência confidenciais de um país sejam repassados através de um aplicativo de mensagem de uma empresa privada de uma nação estrangeira. Cappelli também esclareceu que não se trata de xenofobismo nem conspiracionismo. "Estamos tratando de soberania nacional", disse.


Os alertas

Foram ao menos dez alertas em três dias. O primeiro deles, em 6 de janeiro, sexta-feira à noite, indicava que a perspectiva de adesão até aquele momento era baixa, mas já citava o risco de ações violentas contra edifícios públicos e autoridades, além de manifestantes com acesso a armas e a intenção de invadir o congresso.

No sábado, dia 7, o primeiro informe foi às 10h30 e apontava convocações para ações violentas e tentativas de ocupações de prédios públicos. Ao meio dia, outro alerta.

No domingo, dia dos ataques, foram sete alertas entre as 8h53 e 14h45. Eles falavam sobre a chegada de mais ônibus em Brasília, caminhada até a esplanada, ocupações de prédios públicos e ações violentas. A Abin citou ainda relatos dos manifestantes de que as forças de segurança não iriam confrontá-los.

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