Brasil sobe 18 lugares em ranking de liberdade de imprensa, aponta ONG
A entidade atribui melhora no ranking ao fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), mas ainda classifica situação no país como "problemática"
03/05/2023 11h37
O Brasil subiu 18 posições no ranking mundial de liberdade de imprensa, aponta relatório da ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), publicado nesta quarta-feira (3). O país, que estava na 110ª colocação, teve evolução no índice e chegou ao 92º lugar. Entretanto, a situação ainda é considerada problemática.
Segundo a entidade, a melhora na posição se deve à saída do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do poder, que “atacou sistematicamente jornalistas e veículos de comunicação”.
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“O novo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) trouxe o país de volta a um clima de estabilidade institucional nessa área. Mas a violência estrutural contra os jornalistas, um cenário midiático marcado por uma forte concentração no setor privado e os efeitos da desinformação continuam a representar desafios para a liberdade de imprensa no país”, diz o relatório.
O estudo é publicado anualmente em 3 de maio, Dia da Liberdade de Imprensa, e avalia ameaças e hostilidades contra jornalistas em 180 países.
No índice atualizado, o Brasil ocupa a 92ª posição, atrás de países como Hungria, Guiné-Bissau, Argentina e Sérvia. A RSF usa cinco indicadores para definir o ranking: contexto político, marco legal, contexto econômico, contexto sociocultural e segurança para os jornalistas.
“Na última década, pelo menos 30 jornalistas foram assassinados no Brasil, o segundo país mais perigoso da região para os profissionais da imprensa nesse período”, de acordo com o relatório.
Noruega, Irlanda, Dinamarca, Suécia e Finlândia lideram o ranking. Os cinco países com piores indicadores são: Coreia do Norte, China, Vietnã, Irã e Turcomenistão.
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