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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

O ex-ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, deixou a sede da Polícia Federal na tarde desta segunda-feira (8) após depor no inquérito que apura a atuação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas eleições de 2022. O teor do depoimento ainda não foi divulgado.

Em nota, a defesa de Torres disse que o relato "ocorreu dentro da normalidade". Torres compareceu à sede da Polícia Federal, e, segundo os advogados, abriu mão de seu direito constitucional de manter o silêncio e respondeu todos os questionamentos.

Ainda segundo a defesa, o ex-ministro manteve a "postura de cooperar com as investigações, uma vez que é o principal interessado no rápido esclarecimento dos fatos e acredita que a verdade prevalecerá".

Torres retorna ainda hoje ao Batalhão de Aviação Operacional da Polícia Militar do DF, onde está preso desde janeiro, devido a outra investigação, por suspeita de omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando as sedes dos três poderes foram depredadas.

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A PF pretendia ouvir o ex-ministro em 24 de abril, mas o depoimento foi adiado a pedido da defesa, que alegou "piora" no estado de saúde dele. 

Os juristas ainda tentam reverter a prisão preventiva do ex-ministro. Em recurso, alegam que já não estão presentes as justificativas previstas em lei para manter a decisão. Mas, há suspeita de que a Polícia Rodoviária tenha agido para dificultar o acesso de eleitores às urnas, principalmente no Nordeste.

Um relatório do Ministério da Justiça entregue à Controladoria Geral da União (CGU) mostra que a PRF fiscalizou 2.185 ônibus no Nordeste, onde Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era o candidato com mais intenção de voto, contra 571 no Sudeste, entre 28 e 30 de outubro, vésperas e dia do segundo turno das eleições de 2022.

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