“Sem pressão inflacionária”, diz Haddad sobre nova política de preços da Petrobras
A empresa anunciou o fim do atual modelo do Preço de Paridade de Importação (PPI)
17/05/2023 15h00
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou nesta quarta-feira (17) sobre a nova política de preços para os combustíveis derivados do petróleo, como gasolina e diesel. A declaração ocorreu durante uma audiência na Câmara dos Deputados.
Segundo o ministro, a nova política permite baixar os preços sem pressionar a inflação e sem prejudicar a arrecadação dos governadores.
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“Nós estamos no caminho certo. Vamos pegar o caso dos combustíveis, estou falando do que aconteceu ontem. O presidente Lula disse o que na campanha? ‘Não é correto baixar o preço da gasolina com o dinheiro do governador. Não é correto.’ Você baixa o ICMS, quebra as finanças estaduais, aprova uma lei dizendo que a União tem que repor o dinheiro, e o dinheiro não é reposto”, disse Haddad.
“Viu-se agora, na mudança de preço da Petrobras, que, como o dólar caiu e o petróleo caiu, você consegue acomodar isso sem pressão inflacionária, pelo contrário, ajudando no combate à inflação, sem desorganizar as contas públicas dos governadores”, acrescentou.
Nesta terça-feira (16), a Petrobras anunciou o fim do atual modelo do Preço de Paridade de Importação (PPI), a política foi implementada em 2016, durante a gestão de Michel Temer à frente da Presidência da República. Com isso, o valor que os trabalhadores brasileiros pagam nos combustíveis passou a ser referenciado pelo dólar e pelo mercado internacional.
Os novos valores dos combustíveis vendidos às distribuidoras passam a valer a partir desta quarta. Enquanto o litro do diesel passará de R$ 3,46 para R$ 3,02 (-12,8%), o da gasolina irá de R$ 3,18 a R$ 2,78 (-12,6%). As baixas são de R$ 0,44 e R$ 0,40 por litro, respectivamente.
Com os novos valores, ambos os combustíveis atingirão seus menores preços desde agosto de 2021.
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