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Reprodução/Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/Flickr Palácio do Planalto

O ex-presidente da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas) Marcelo Xavier foi indiciado por omissão no combate a crimes e conflitos na região amazônica, que culminou nos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. A informação é da jornalista Sônia Bridi.

O indiciamento levou como base uma ata de reunião realizada após a morte do indigenista Maxciel dos Santos, morto em Tabatinga, Amazonas, no ano de 2019, com dois tiros na cabeça. Maxciel era servidor da Funai e colega de Bruno Pereira no combate a crimes cometidos no Vale do Javari.

Na ocasião, funcionários da Funai solicitaram proteção e mencionaram os riscos envolvidos no trabalho.

Xavier, que também era delegado da Polícia Federal, não tomou nenhuma medida na ocasião. Alcir Amaral Teixeira, que era Coordenador-Geral de Monitoramento Territorial, também foi indiciado.

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Bruno e Dom foram mortos no ano passado durante uma viagem pelo Vale do Javari, segunda maior terra indígena brasileira, localizada no Amazonas. Marcelo Xavier assumiu o cargo no ano de 2019, no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele foi exonerado no final de dezembro do ano passado.

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como "Pelado"; Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como “Dos santos”; e Jefferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, foram presos por suspeitas de participação no crime.

No fim de janeiro, a Polícia Federal também apontou Rubén Dario da Silva Villar, o "Colômbia", como o mandante dos homicídios. Ele está preso desde dezembro do ano passado.

Colômbia chegou a ser liberto depois de pagar fiança de R$ 15 mil, no mês de outubro, mas a prisão foi decretada novamente pela Justiça Federal após o descumprimento de condicionais.

Xavier e Teixeira não se manifestaram após o indiciamento.

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