Presidente da Fapesp diz que negacionismo foi usado como "instrumento de luta política"

O Roda Viva desta segunda-feira (19) recebe o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Marco Antonio Zago.

Na entrevista, Zago fala sobre a ascensão do negacionismo científico durante a pandemia de Covid-19. Para ele, a negação da ciência não é algo novo, mas foi utilizada de forma diferente na última crise sanitária.

“O que aconteceu é que nós tivemos condições especiais, que foram a pandemia e uma polarização política que aflorou muito e trouxe o negacionismo como instrumento de luta política. Isso não é comum no restante do mundo, em geral”, comenta.

O presidente da Fapesp também afirmou que, atualmente, vê uma cooperação entre o governo federal, mais à esquerda, e o governo de SP, mais à direita, referente à pesquisa científica.

“Nós conversamos com muita tranquilidade com o governo federal e com o governo estadual, e não vejo entre os governantes antagonismo no que diz respeito à ciência e à tecnologia”

Participam da bancada de entrevistadores Aldo Quiroga, apresentador e editor-chefe do Jornal da Tarde, da TV Cultura; Fabiana Cambricoli, repórter especial do "Estadão"; Rafael Garcia, repórter da sucursal de São Paulo do jornal O Globo; Sabine Righetti, jornalista, pesquisadora e fundadora da Agência Bori; além de Salvador Nogueira, jornalista de Ciência e colunista da Folha de S.Paulo. Os desenhos estarão a cargo do cartunista Eduardo Baptistão.

Com apresentação de Vera Magalhães, a entrevista vai ao ar ao vivo, a partir das 22h, na TV Cultura, no site da emissora, YouTube, Tik Tok, Twitter e Facebook.