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Desmatamento das florestas tropicais aumentou 15% no Brasil em 2022, aponta estudo

Área destruída em solo nacional foi de quatro milhões de hectares


27/06/2023 11h54

O desmatamento das florestas tropicais aumentou 15% no Brasil em 2022. A informação faz parte do relatório publicado na manhã desta terça-feira (27) pela organização não-governamental Global Forest Watch.

A área destruída em solo nacional foi de 4,1 milhões de hectares, o que equivale à perda de 11 campos de futebol por minuto.

Toda a destruição produziu 2,7 gigatoneladas de emissões de dióxido de carbono, algo semelhante com a emissão de toda a Índia. Foi a maior perda florestal não-relacionada a incêndios desde 2005.

O relatório, feito com imagens de satélites, aponta que a maior parte da destruição ocorreu na Amazônia. Segundo o estudo, o país tem cerca de 30% de toda a cobertura florestal do planeta. No entanto, a destruição corresponde a mais de 40% do desmatamento registrado em todo o mundo.

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Várias terras indígenas na Amazônia foram prejudicadas, principalmente por invasões territoriais e exploração da mineração. Apesar disso, a taxa de desmatamento é menor que em terras não-indígenas.

De forma geral, a destruição das florestas tropicais em todo o mundo aumentou 10% em 2022 em comparação com o ano anterior.

Além do Brasil, a República Democrática do Congo, segundo país com mais florestas no mundo, a Bolívia e Gana também tiveram perdas relevantes de área florestal. A RD Congo teve destruídos mais de meio milhão de hectares – a maioria decorrente de clareiras feitas para a produção agrícola.

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Em solo boliviano, a perda florestal foi 32% maior que em 2021 – a terceira maior no mundo, superando até a Indonésia, mesmo tendo menos da metade de área florestal em comparação com o país asiático. O principal motivo é a agricultura de commodities. A expansão da soja também aparece como uma das razões.

Já em Gana, o aumento é numericamente assustador: o país africano teve quase 70% de floresta primária destruída. Se o país africano tem pouca área florestal, o número representa o maior da história ganesa, com quase 18 mil hectares. A maior perda, ocorrida em áreas protegidas, foi motivada pela produção das fazendas de cacau, mineração de ouro e também incêndios.

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