Fundação Padre Anchieta

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Entre os seres vivos existentes na natureza, o sexo biológico pode não ser fixo ao longo da vida do animal. É comum que algumas espécies tenham tanto órgãos femininos quanto masculinos, por exemplo. Outras podem alterar o seu gênero a depender das condições do ambiente.

Além de serem capazes de mudar o papel desempenhado, alguns animais podem se passar por outro gênero por questões de sobrevivência.

O portal da TV Cultura selecionou oito animais que podem ter o gênero e/ou o sexo biológico alterados ao longo da vida:

1) Tartarugas marinhas

Nos répteis, é comum que a temperatura da incubação dos ovos seja fator decisivo para a determinação do sexo do animal. Estudos comprovam que espécies como a tartaruga-oliva, a tartaruga-de-couro e a tartaruga-cabeçuda, por exemplo, não possuem cromossomos sexuais e que a diferenciação acontece no processo de incubação.

Curiosidade: Como nas temperaturas mais altas são geradas fêmeas, o aquecimento global pode se tornar um enorme impasse para as espécies ameaçadas de extinção. Segundo uma pesquisa da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, publicada em meados de 2018, uma das maiores populações de tartarugas-verdes do mundo, na parte norte da Grande Barreira de Coral, na Austrália, são fêmeas em mais de 99% dos casos.

Outros estudos indicam que algumas espécies podem sim ter cromossomos sexuais e que o sexo genotípico do embrião poderia ser revertido a partir da temperatura local.

2) Lagartos pogona

Nativos da Austrália, os supostos machos podem se tornar fêmeas, segundo um estudo da Universidade de Canberra e da Universidade Nacional Australiana.

Na verdade, a espécie já tem inicialmente o sexo geneticamente definido, mas a depender das condições da temperatura de incubação dos ovos, mesmo possuindo genes masculinos, o animal pode agir e se reproduzir como fêmea. Outro dado curioso é o de que as mães de sexo invertido botam quase o dobro de ovos do que as outras fêmeas.

3) Peixe-palhaço

De acordo com uma publicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), esses animais são hermafroditas protândricos. Ou seja, todos os peixes palhaços nascem machos e, se não houver fêmeas por perto, um deles transforma-se em uma para que a reprodução possa continuar.

O animal que se demonstra mais forte e resistente faz a transição, se tornando a única fêmea do cardume. 

4) Serrano-estriado

Predominante no litoral atlântico dos Estados Unidos, a maioria desses peixes nascem fêmeas e mudam de sexo caso haja uma escassez de machos no período de desova. Embora o estímulo para mudança seja desconhecido, especialistas acreditam que a alteração acontece, de forma natural, em situações de necessidade de equilíbrio populacional em comportamento que visa a sobrevivência da espécie.

5) Rãs

Estudos constataram que poluentes como estrógenos sintéticos e herbicidas são capazes de induzir geneticamente rãs machos a se desenvolverem externamente como fêmeas. De acordo com uma pesquisa publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences em 2014, águas poluídas no entorno de áreas urbanas dos Estados Unidos poderiam estar transformando girinos machos de anfíbios em fêmeas.

Embora ainda não saiba a razão exata que explique a alteração, outros estudos também indicaram inversões sexuais em lagoas de florestas sem intervenções humanas.

Veja imagens: Webstory: Conheça oito animais que podem mudar de gênero

6) Bodiões

Os bodiões são uma família de peixes marinhos hermafroditas protogínicos, isto é, nascem fêmeas e podem se tornar machos. Para algumas espécies, a mudança ocorre quando o macho dominante morre. Nesse caso, a maior fêmea do grupo assume a posição, crescendo os órgãos masculinos e adquirindo uma postura mais agressiva para proteger o território.

7) Choco

Embora o animal não mude propriamente de sexo, o molusco marinho, “primo” da lula, é capaz de se fingir de fêmea para enganar possíveis rivais. De acordo com o pesquisador Culum Brown, da Universidade Macquarie, o lado posicionado para a fêmea exibe listras masculinas para atrair a parceira, enquanto do lado virado para outro macho, ele se traveste de “fêmea” a fim de parecer inofensivo.

8) Serranus tortugarum

A espécie de peixe hermafrodita simultâneo é capaz de mudar de sexo, de macho para fêmea e vice-versa, por até 20 vezes por dia. Segundo publicação na revista Behavioral Ecology, o animal monogâmico, de menos de 10 cm e habitante das águas do Caribe, realiza a troca visando uma cooperação sexual e o controle da desova.