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Reprodução/ Flickr Palácio do Planalto
Reprodução/ Flickr Palácio do Planalto

O ex-presidente Jair Bolsonaro negou ter discutido um plano golpista com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) e o ex-deputado Daniel Silveira. Ele prestou depoimento na sede da Polícia Federal, em Brasília, nesta quarta-feira (12).

No depoimento, no entanto, ele confirmou que realizou uma reunião com o senador e com o ex-deputado.

“Nada aconteceu no dia 8 de dezembro. Até porque não tinha nenhum vínculo com o senhor Marcos Do Val, talvez fotografia, o que é comum entre nós. Nada foi tratado, não tinha nenhum plano, naquela reunião de aproximadamente 20 minutos, para alguém gravar o ministro Alexandre de Moraes. Por que eu ia articular alguma coisa com o senador? O que tratou a reunião? Nada. Minha transição (com Lula) foi pacífica. Ninguém do PT questionou que não foi bem recebido e teve acesso. Tudo foi passado. Ele (Do Val) que responda pelos atos dele”. disse.

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O ex-presidente afirmou que a ação de busca e apreensão da PF em sua casa foi um "ato de esculacho". A ação aconteceu em 3 de maio.

“Fazer busca e apreensão na minha casa contra orientação do MP, no meu entender, é ato de esculacho, não roubei nada, é constrangimento. Se não tivesse capital político não estariam fazendo nada disso”, argumentou.

Ele ainda ressaltou que o senador Marcos do Val vai pagar pelos seus atos. “Não vou falar se ele inventou ou não inventou. Ele [Marcos do Val] que responda pelos atos dele”.

Esse foi o quarto depoimento do ex-presidente neste ano. Jair Bolsonaro já foi intimado a prestar esclarecimentos sobre os atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília; o caso das joias presenteadas pela Arábia Saudita; e as fraudes em registros de vacinação contra a Covid-19.

A investigação preliminar sobre o caso Do Val foi instaurada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em fevereiro, quando o senador afirmou que foi coagido por Bolsonaro e pelo ex-deputado Daniel Silveira “a participar de um golpe”.

Segundo Val, eles teriam discutido no fim do ano passado, quando Bolsonaro ainda era presidente.

O plano era gravar uma conversa dele com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, que seria instigado por ele a admitir que estava extrapolando os limites constitucionais.

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