A Constituição Federal ganhará na próxima quarta-feira (17) uma tradução oficial para a língua indígena Nheengatu, conhecida como tupi moderno. O trabalho foi feito por indígenas bilíngues da região do Alto Rio Negro e Médio Tapajós. O lançamento acontecerá em um evento em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, com a presença das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia, ambas do Supremo Tribunal Federal.
Em nota, Weber, que é a presidente do STF, explicou a importância da nova versão da Constituição.
“Ao traduzir a nossa Lei Maior ao idioma nheengatu, preservado por inúmeras comunidades distribuídas por toda a Região Amazônica, buscamos efetivar a igualdade em sentido substantivo, assegurando o acesso à informação e à justiça e permitindo que os povos indígenas conheçam os direitos, os deveres e os fundamentos éticos e políticos que dão sustentação ao nosso Estado democrático de Direito”, escreveu Rosa.
O trabalho de tradução contou com o auxílio do Tribunal de Justiça do Amazonas e da Escola Superior de Magistratura do estado.
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Weber colocou temas relacionados a indígenas como uma das prioridades desde que assumiu a presidência da Suprema Corte brasileira.
“[A Constituição de 1988] expressa os anseios da sociedade brasileira, em sua pluralidade e diversidade, formada ao longo dos séculos por grupos sociais das mais varias origens étnicas, que lograram resistir à colonialidade e à escravidão”, completou.
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