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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo registrou, de janeiro até o dia 4 de julho deste ano, 1.602 casos e 123 óbitos causados por infecções pelos diferentes vírus causadores de hepatite.

Os números apresentam uma tendência de queda no número de mortes registradas nos últimos cinco anos. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28), no Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais.

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado, causando desde alterações leves até problemas graves. Segundo Thiago Brumatti, Assessor Técnico da Diretoria do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) do Estado de SP, “a melhor forma de prevenção de qualquer doença é a vacina. Estão disponíveis no SUS vacinas eficazes e seguras para a prevenção da Hepatite A e da Hepatite B, e a imunização contra a Hepatite B também protege contra a Hepatite D”.

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Há cinco tipos de hepatites virais, diferenciadas pelas letras de “A” a “E”. Os vírus das hepatites A e E são transmitidos por via digestiva, por alimentos contaminados, por exemplo. A vacina para a Hepatite A, que começou o ano de 2023 com uma cobertura vacinal de 74,6%, passou para 83,4% depois do lançamento da campanha Vacina 100 Dúvidas do Governo do Estado.

O vírus da Hepatite B é transmitido por via sexual, em contato com o sangue, ou de mãe para filho. Já o vírus da Hepatite D é transmitido também por via sexual, mas ocorre apenas em indivíduos já infectados com a Hepatite B.

A imunização para o tipo B de hepatite é feita com a vacina em apresentação isolada e na Pentavalente. Na apresentação isolada, ela é recomendada preferencialmente em até 12 horas do nascimento da criança, em dose única, podendo ser administrada até o trigésimo dia de vida. Adolescentes e adultos que não tem esquema vacinal comprovado podem ser imunizados com essa vacina, basta procurar uma UBS.

Em relação à vacina Pentavalente, além de proteger contra a hepatite B, também protege contra a difteria, tétano, coqueluche e contra a bactéria haemophilus influenza tipo b, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. A cobertura vacinal da Pentavalente também melhorou. Foi de 74% no começo do ano para 85,2%.

O vírus da Hepatite C é transmitido principalmente pelo contato com sangue contaminado, presente em alguns objetos como agulhas, alicates de unha, aparelhos de barbear, em escovas de dentes, em materiais não-esterilizados na colocação de piercings ou na confecção de tatuagens e procedimentos cirúrgicos.

Esse tipo de hepatite é a infecção com o maior número de casos registrados, sendo que os casos crônicos são os responsáveis pelo maior número de óbitos. Não há uma vacina para este vírus, então a melhor forma de prevenção é evitar compartilhamento de objetos que possam estar contaminados.

As infecções causadas pelo vírus da hepatite C, frequentemente crônicas, nem sempre apresentam sintomas. A doença pode evoluir por décadas sem ser diagnosticada. O avanço da infecção compromete o fígado de tal forma que pode provocar a necessidade de transplante do órgão.

São registrados 1,4 milhão de mortes no mundo em decorrência de algum dos tipos de hepatite, seja por infecção aguda, câncer hepático ou cirroses associadas à doença. Na maioria das vezes, as hepatites virais são infecções silenciosas, mas podem manifestar diversos sintomas, como febre, mal-estar geral, dores abdominais, e pele e olhos amarelados.

Há uma percepção enganosa sobre a doença, de que até quem se infectou com Hepatite A, a forma mais branda da doença e que geralmente se cura sozinha, nunca mais pode voltar a doar sangue. No entanto, os únicos que não podem doar sangue são os portadores de hepatite B e C. Os demais podem, sim, ser doadores de sangue.

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