O consumo de bebidas energéticas por parte de menores de idade preocupa autoridades ao redor do mundo.
Segundo Clayton Macedo, presidente do departamento de endocrinologia em exercício da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, nos Estados Unidos, a causa mais frequente de entradas em pronto socorro por parte dos jovens é o consumo de energéticos.
Cada lata tem em média 15 ingredientes ultraprocessados. Os que mais preocupam os médicos são o açúcar e a cafeína. O açúcar aumenta o risco do desenvolvimento de diabetes e obesidade, enquanto a cafeína, em excesso, pode provocar ansiedade, náusea, taquicardia, convulsões e outras sequelas.
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O neurologista e diretor da Associação Paulista de Neurologia, Marcel Simis, o abuso de cafeína também pode comprometer o futuro dos jovens.
“Os adolescentes estão ainda em uma fase de desenvolvimento cerebral. Que é uma fase em que o cérebro está se desenvolvendo. Esse cérebro vai ser desenvolvido sob influência de excesso de cafeína e a verdade é que ninguém sabe o efeito disso a longo prazo", comenta.
Em alguns países como, a Espanha, já há restrições e campanhas desestimulando o consumo de energéticos por menores de idade. Um dos argumentos da campanha espanhola é de que no país os alunos que tomam a bebida têm piores resultados nas provas.
Assista à matéria sobre o tema que foi ao ar esta quarta-feira (2), no Jornal da Tarde:
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