A defesa Anderson Torres pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para que o ex-ministro fique em silêncio durante depoimento à CPMI do 8 de Janeiro, na próxima terça-feira (8)
Torres foi convocado pelo colegiado para falar na condição de testemunha. Os advogados pedem ainda afirmam que Anderson Torres tem o "desejo de comparecer ao ato, porquanto é o maior interessado no esclarecimento dos fatos", mas que quer manter o direito de não se incriminar.
Além disso, solicitam que ele não responda sobre a minuta do golpe de Estado, em decorrência do caráter supostamente sigiloso do documento.
A defesa argumenta que a CPMI convocou Anderson Torres para depor como testemunha, o que seria equivocado. "Nesse panorama, impõe-se que Vossa Excelência assegure ao requerente o direito constitucional ao silêncio na 'condição de investigado', com a consequente expedição de salvo-conduto".
Os advogados desejam ainda que o ex-ministro deixe de usar a tornozeleira eletrônica no dia. Isso porque o equipamento pode se descarregar caso o depoimento se estenda por muitas horas.
A relatora do colegiado, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), confirmou a convocação de Anderson Torres após a reunião da comissão da última terça-feira (1º).
Torres era ministro da Justiça em dezembro, quando foi descoberto um plano para explodir os arredores do aeroporto de Brasília pela Polícia Civil do Distrito Federal. Em 8 de janeiro, dia da invasão às sedes dos Três Poderes, ele era o comandante de Segurança do Distrito Federal, mas estava fora do Brasil.
O ex-ministro da Justiça ficou 117 dias preso, de janeiro a maio, e agora é monitorado por tornozeleira eletrônica. Ele é investigado em inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) pelas suspeitas de ter se omitido na proteção à Praça dos Três Poderes.
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