A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede-AC), também rebateu as declarações do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo-MG), e afirmou que o número da população não pode ser o único critério para medir a importância política de cada região.
A fala aconteceu durante entrevista coletiva no evento Diálogos Amazônicos, que acontece neste fim de semana em Belém e antecede a Cúpula do Clima.
“Sem a Amazônia não tem como ter agricultura, não tem como ter indústria, não tem como o Brasil sequer ter vida, no Sul, no Sudeste, no Centro-Oeste, porque a ciência diz que seria um deserto como o do Atacama ou o Deserto do Saara. (...) Quem mede o nosso peso pela nossa quantidade precisa entender um pouco mais de qualidade”, apontou.
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“Não é uma questão de quantidade em termos de peso populacional, é uma questão de trabalharmos com o princípio da justiça ambiental e do PIB dos serviços ecossistêmicos que são gerados por essa região”, acrescentou.
O governador Romeu Zema defendeu, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo neste sábado (5), ações de um consórcio de estados do Sul e Sudeste para se defender no Congresso Nacional de perdas econômicas em resposta aos estados do Norte e Nordeste.
“Outras regiões do Brasil, com estados muito menores em termos de economia e população se unem e conseguem votar e aprovar uma série de projetos em Brasília. E nós, que representamos 56% dos brasileiros, mas que sempre ficamos cada um por si, olhando só o seu quintal, perdemos. Ficou claro nessa reforma tributária que já começamos a mostrar nosso peso”, disse.
Os governadores do Nordeste publicaram uma carta hoje criticando a ação.
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