Levantamento realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostrou que as mulheres gastam cerca de dez horas a mais do que os homens em trabalhos domésticos.

Apesar da diferença ser grande atualmente, ela já foi maior. O estudo mostrou que nos últimos quatro anos, eles passaram mais tempo, em média, cuidando da casa. Em 2019, os homens dedicavam 11 horas por semana em tarefas domésticas. Em 2022, esse tempo aumentou para 11,7 horas.

Em relação as mulheres, o tempo médio por semana com trabalhos domésticos caiu de 21,9 horas para 21,3 horas entre 2019 e 2022.

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“Isso implica em desigualdade de gênero e uma maior precariedade de mulheres no mercado de trabalho”, explica Ana Luiza de Holanda Barbosa, pesquisadora do GEFAM e IPEA.

De acordo com economistas especializados em gênero, a ampliação de políticas públicas seria uma das ferramentas que poderia ajudar as mulheres nesse cenário. Além disso, investimento em creches e escolas em período integral é uma outra solução.

“Se você fizer uma política pública que coloque os homens nesse cuidado [doméstico], de certa forma, é um instrumento útil para alterar essas normas sociais. Consequentemente, você coloca os homens cuidado mais dos filhos e tendo responsabilidades maiores nos cuidados domésticos”, completa Holanda Barbosa.

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