Seis pessoas, incluindo três paraguaios, foram resgatadas de um trabalho em condições análogas à escravidão na Fazenda Santa Teresa, na cidade de Laguna Carapã, em Mato Grosso do Sul. A operação foi feita pela Polícia Militar Ambiental em parceira com auditores-fiscais do Trabalho.

Apesar da divulgação estar sendo feita nesta quarta-feira (16), a operação foi realizada no dia 25 de julho. As pessoas foram encontradas em condições degradantes de trabalho, ausência de registro na CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) e uma série de violações de direitos trabalhistas e cíveis.

Além disso, o local onde foram encontrados não tinha energia elétrica e água encanada. Segundo as autoridades, eles improvisavam soluções para lidar com higiene pessoal.

Na Fazenda Santa Teresa, eles executavam trabalhos ligados à extração de madeira, incluindo tarefas de corte e carregamento de eucalipto.

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Um dos resgatados, um homem de 58 anos, afirmou que foi chamado para realizar o trabalho em janeiro de 2022. O expediente era de 10 horas diárias (das 6 às 17 horas), seis dias por semana, com uma hora de pausa para o almoço. Eles recebiam R$ 15 por metro cúbico cortado.

A operação fez com que o local fosse interditado. O empregador foi notificado a comparecer à Procuradoria do Trabalho de Dourados em 27 de julho, com o objetivo de remover os trabalhadores dos barracos inadequados e fornecer condições de vida dignas, enquanto as verbas salariais e rescisórias eram regularizadas.