O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta terça-feira (5) que a posição individual dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não seja divulgada em votações.
Segundo ele, a medida evitaria uma certa "animosidade" contra as instituições. A declaração foi dada pelo político durante a live semanal ‘Conversa com o Presidente’.
“A sociedade não tem que saber como é que vota um ministro da Suprema Corte. Sabe, eu acho que o cara tem que votar e ninguém precisa saber. Votou a maioria 5 a 4, 6 a 4, 3 a 2. Não precisa ninguém saber se foi o Uchôa que votou, se foi o Camilo que votou. Aí cada um que perde fica com raiva, cada um que ganha fica feliz", expõe.
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Lula não chegou a defender expressamente que a votação seja secreta ou que as sessões deixem de ser transmitidas pela TV Justiça. No Brasil, os julgamentos realizados em ‘plenário virtual’ são reproduzidos por outras emissoras de TV aberta e fechada, e no site do STF, é possível conferir como cada ministro votou.
Recentemente, Cristiano Zanin chegou a ser pressionado nas redes sociais por ter dado votos supostamente conservadores em temas como a descriminalização da maconha e a penalização da LGBTQIA+fobia.
“Daqui a pouco um ministro da Suprema Corte não pode mais sair na rua, não pode mais passear com a sua família, sabe, porque tem um cara que não gostou de uma decisão dele", destaca o presidente.
O ministro Alexandre de Moraes, por exemplo, também já foi alvo de ataques. No dia 14 de julho ele foi hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma.
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