O número de detentos inscritos em classes de alfabetização cresceu cerca de 10%, entre 2021 e 2023, em São Paulo. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelas Secretarias da Educação (Seduc-Sp) e Administração Penitenciária (SAP) do estado.
De acordo com o que foi constatado em junho deste ano, mais dois mil presos frequentam o Ensino Fundamental I ( que vai da 1º à 5º série ). Em São Paulo, 114 penitenciárias e centros de detenção provisória possuem espaços de leitura e salas de aula adequadas para que as pessoas privadas de liberdade possam iniciar ou dar continuidade aos estudos.
Por meio do “Programa de Educação nas Prisões”, 18 mil detentos estão matriculados nos três ciclos da educação básica. Conforme a Seduc-SP, são 1.100 professores contratados para atuarem na iniciativa, os quais “seguem nas prisões o mesmo currículo adotado na rede estadual em classes de Educação de Jovens e Adultos do Ensino Fundamental I e II e Ensino Médio”, completa.
Segundo um levantamento da SAP, 43% das pessoas que ingressaram em São Paulo no regime semiaberto, fechado e em medida de segurança são analfabetos ou não concluíram o Ensino Fundamental I.
Por meio dos estudos, os detentos conseguem liberação para participarem de atividades extracurriculares, tais como o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) e a Obmep (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas).
Em 2022, conforme a Seduc-Sp, cerca de três medalhas (uma de prata e duas de bronze) e 15 menções honrosas foram destinadas aos presos que participaram da última edição da Obmep.
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