“Fica claro, não só no Brasil, é como os tribunais estão atravessados por ideologias”, afirma Pondé
Ao analisar futura indicação de Lula ao STF, filósofo diz que escolhas estão cada vez mais ideológicas e não mais técnicas
20/09/2023 22h12
A futura indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF) foi pauta no Jornal da Cultura desta quarta-feira (20). A jornalista Vera Magalhães deu detalhes dos bastidores de Brasília e explicou como o nome de Flávio Dino ganhou força nos últimos dias.
“Teve um momento que a disputa estava entre o advogado-geral da União, o Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Contas da União, o Bruno Dantas. Mas o Dino manifestou a intenção, nos bastidores, pela vaga. Realmente, ele foi um ministro muito diligente nesses primeiros meses de governo”, contou a jornalista.
Se Dino realmente quiser assumir uma cadeira no STF, vai ter que conquistar alguns políticos. Senadores bolsonaristas, como Eduardo Girão, e a ala mais radical do PT criticaram a possível indicação.
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A apresentadora Karyn Bravo relembrou que existe uma pressão de parte do eleitorado de Lula para a indicação de uma mulher negra. Luiz Felipe Pondé considerou difícil de isso acontecer.
“O que fica claro, não só no Brasil, é como os tribunais e Supremos estão atravessados por ideologias, seja progressista/esquerda ou conservadora/direita, seja lá o jargão que queira usar”, afirmou o filósofo.
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