Durante seu depoimento à Polícia Federal (PF), Silvinei Vasques afirmou que as blitzes realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) – corporação da qual ele era diretor-geral na épica – no dia do segundo turno das eleições foram solicitadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A corte teria pedido um aumento do efetivo policial no dia 30 de outubro de 2022, ainda de acordo com o ex-diretor-geral da PRF.
No depoimento de Vasques, ainda consta que os agentes tinham metas pessoais diárias de abordagem, o que teria contribuído com o aumento das operações. Segundo o policial, os estados com as maiores altas no dia foram Amapá e Roraima.
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No dia da votação do segundo turno, a polícia realizou barreiras nas estradas. Na ocasião, agentes impediram a passagem de ônibus em cidades nas quais Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia vencido no primeiro turno. Adesivos do Partido dos Trabalhadores também foram retirados de veículos.
Vale lembrar que Vasques - que teve aposentadoria voluntária concedida pela PRF em dezembro de 2022 - se tornou réu por improbidade administrativa após ser acusado de pedir votos irregularmente para Jair Messias Bolsonaro (PL) nas eleições.
Dias depois de ser preso, o ex-diretor pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a revogação da medida. Para sua defesa, ele “foi preso com base em seis tipos penais, cinco dos quais não guardam fundamentação nos requisitos da prisão preventiva, eis que as penas são menores de quatro anos. Além disso, o legislador não versa sobre a adequação dessa suposta perseguição, que é diferente de procedência nacional, como elemento de crime”.
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