Na CPI dos Atos Golpistas, Augusto Heleno diz que delação de Cid sobre reunião golpista é “fantasia”
Ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional afirma que ajudantes de ordem não participavam de reuniões e não tem conhecimento de que Bolsonaro queria dar um golpe
26/09/2023 16h25
Em depoimento à CPI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro, o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno afirmou que a delação premiada feita por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, é uma “fantasia”. À Polícia Federal, o tenente-coronel do Exército contou que o ex-presidente conversou com comandantes das Forças Armadas sobre um golpe de Estado.
Questionado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Heleno disse que não tem conhecimento sobre esses encontros.
"Não [tive conhecimento]. E eu quero esclarecer que o tenente-coronel Mauro Cid não participava de reuniões. Ele era o ajudante de ordens do presidente. Não existe essa figura do ajudante de ordens sentar em uma reunião com os comandantes de força e participar da reunião. Isso é fantasia. É fantasia”, afirmou o ex-ministro.
Heleno também criticou a divulgação dos trechos da delação. "Me estranha muito, porque a delação está ainda sigilosa. Ninguém sabe o que o Cid falou”.
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Ele também foi questionado sobre a minuta golpista, encontrada na casa do ex-ministro Anderson Torres. Heleno afirmou que "nunca" ouviu falar da suposta minuta.
"Nunca. Nunca nem ouvi falar. Eu estou sobre juramento. O presidente da República disse várias vezes, na minha presença, que jogaria dentro das quatro linhas da Constituição. E eu não tive a intenção de fazê-lo sair das quatro linhas", disse.
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