A Saraiva entrou, nesta quarta-feira (4) com um pedido de autofalência na Justiça. A solicitação indica que a rede de livrarias reconhece e admite a incapacidade de pagar as contas e quitar as próprias dívidas. Com a decisão, a empresa brasileira encerra os seus 109 anos de história.

O pedido foi protocolado nos autos do processo de recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo.

Em comunicado, a companhia também informou que a RSM Brasil Auditores Independentes não presta mais serviços de auditoria à rede. 

A solicitação acontece depois que a empresa realizou o fechamento de todas as suas lojas físicas, além da demissão de todos os funcionários. As vendas permaneceriam sendo feitas apenas no e-commerce.

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O presidente e diretor de relações com investidores da companhia, Jorge Saraiva Neto, e o vice-presidente, Oscar Pessoa Filho, também já haviam renunciado aos seus respectivos cargos em setembro.

A rede de livrarias estava em recuperação judicial desde 2018, após não ter conseguido acordo com seus fornecedores para a renegociação das dívidas. Na ocasião, a companhia devia valor estimado em R$ 675 milhões.

A Saraiva foi fundada em 1914, em São Paulo, pelo imigrante português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva.

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