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No próximo dia 13 de novembro, acontece a premiação dos +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira.

O evento contará com a presença do poeta slam Akins Kintê e da grafiteira Sheila Raiana, que vão proporcionar aos convidados performances especiais em um tributo à diversidade e à luta antirracista. 

Para Akins, participar da celebração é muito importante, visto que o jornalismo e a literatura sempre andaram juntos. 

“Quando nós pesquisamos a imprensa negra, grandes poetas tiveram suas obras publicadas nestes veículos de informação, então para mim é uma grande honra estar presente nesse dia”, diz ele.

Sheila Raiana explica que para ela é uma honra contribuir artisticamente em uma festa que premia profissionais pretos, pois, enquanto mulher preta e artista, sabe das dificuldades de conseguir seu espaço em ambientes que na sua grande maioria são majoritariamente ocupados por pessoas brancas. 

“A minha arte é uma extensão de mim, dos meus e do que gostaria de ver nas telas. Minha arte é a grande vontade de fazer a gente presente como protagonista. Minha expressão artística vem muito disso, de querer fazer pertencente, de mostrar o protagonismo preto, de me mostrar e mostrar os meus acima de tudo”, conclui.

Três nomes da TV Cultura estão concorrendo na categoria ‘Jornalistas’: Adriana Couto, apresentadora do programa Metrópolis, Cris Guterres, apresentadora do Estação Livre, e Joyce Ribeiro, apresentadora do Jornal da Tarde, concorrem ao prêmio.

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Representatividade feminina

O prêmio não só promove a igualdade racial, mas também reforça o compromisso com a igualdade de gênero na mídia, impulsionada pela massiva representatividade das mulheres na premiação.

Marcelle Chagas, idealizadora do evento e coordenadora da Rede JP, composta majoritariamente por mulheres negras, destaca a importância desse compromisso refletido na premiação, visto que a Rede JP surgiu em 2018 a partir de suas próprias experiências pessoais enquanto mulher negra no mercado de comunicação. Ao longo de sua trajetória, ela percorreu várias redações e empresas de comunicação, sempre percebendo a ausência de diversidade no ambiente de trabalho.

Segundo dados do levantamento "Perfil Racial da Imprensa Brasileira", conduzido pelo Jornalistas&Cia, os números evidenciam que o machismo e o racismo, quando combinados, afetam a vida profissional de 85% das jornalistas negras. Dentre elas, 52,3% ainda enfrentam descrença em suas vozes e 20,5% sofreram assédio sexual, enquanto 15,9% denunciaram discriminação e enfrentam disparidades salariais e obstáculos no avanço de suas carreiras.

"O fato de ser mulher também se torna especialmente significativo na coordenação de um projeto que foi minuciosamente concebido, desenvolvido e implementado por nós. Com frequência, enfrentamos a necessidade constante de reforçar a nossa presença para evitar que nossas vozes sejam subestimadas ou ignoradas", explica.

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