O Senado Federal instaurou na manhã desta quarta-feira (13) a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que vai investigar a atuação da Braskem em Maceió, capital de Alagoas.
Enquanto o senador Omar Aziz (PSD-AM) foi escolhido para presidir a chamada CPI da Braskem, seu colega de Casa Jorge Kajuru (PSB-GO) ocupará a vice-presidência.
A cidade citada está em alerta máximo depois que a mina número 18 da extratora cedeu quase dois metros em menos de três dias. O local fica às margens da lagoa Mundaú e aproximadamente cinco quilômetros de distância do centro do município.
Cerca de 60 mil pessoas foram deslocadas de seus bairros em decorrência da extração subterrânea de sal-gema, que acontece em Maceió há 40 anos. Atualmente, há 35 minas dedicadas a essa prática, mas tiveram suas operações suspensas em 2019.
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O desmoronamento da mina número 18 pode resultar na formação de grandes crateras, gerando um efeito em cascata que se estenderia a outras regiões.
Um estudo recentemente divulgado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) faz referência a uma pesquisa publicada na revista científica Geophysical Journal International, indicando que a exploração de sal-gema pela Braskem estava associada ao aumento do nível do lençol freático na área, o que, por sua vez, poderia ocasionar o afundamento do solo devido ao aumento da pressão.
Além de Calheiros, Omar Aziz (PSD-AM), Efraim Filho (União Brasil-PB), Rodrigo Cunha (Podemos-AL), Dr. Hiran (PP-RR), Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO), Jorge Kajuru (PSB-GO) e Cid Gomes (PDT-CE) foram indicados para a titularidade da CPI e Fernando Farias (MDB-AL), Magno Malta (PL-ES), Leila Barros (PDT-DF), Jayme Campos (União Brasil-MT) e Cleitinho (Republicanos-MG) para as vagas de suplência.
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