O terceiro dia da reunião anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, começou nesta quarta-feira (17) com um discurso do secretário-geral da ONU, António Guterres, no qual ele pede por uma resposta internacional unificada a questões urgentes como as mudanças climáticas, a desigualdade econômica, o rápido avanço das tecnologias de inteligência artificial e os impactos da pandemia da Covid-19 que o mundo ainda encara.
A crise climática foi o primeiro tema abordado pelo secretário-geral. “Conforme o colapso climático começa, os países continuam empenhados em aumentar as emissões [de gases do efeito estufa]. O nosso planeta ainda caminha para um aumento escaldante de três graus [Celsius] nas temperaturas globais”, chamou a atenção para o fato de 2023 ser o ano mais quente já registrado, marcado pelas intensas ondas de calor.
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"Deixe-me ser muito claro novamente: o fim da produção de combustíveis fósseis é essencial e inevitável", afirmou.
Guterres aproveitou o púlpito para pedir um "cessar-fogo humanitário" na Faixa de Gaza, que vem sofrendo ataques de Israel desde 7 de outubro de 2023. Ele pediu também pelo fim da guerra na Ucrânia, com um acordo de paz em conformidade com a Carta das Nações Unidas.
A importância da cooperação global e o papel da ONU como plataforma para promover o diálogo e a ação internacionais também foram citadas. Ainda, ele pediu aos líderes mundiais e às empresas que se comprometessem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), exigindo que o bem-estar das pessoas e do planeta fossem prioridade em vez de ganhos econômicos de curto prazo.
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