A agência climática Copernicus, da União Europeia, divulgou nesta terça-feira (9) um relatório que aponta o período de janeiro a dezembro de 2023 como o mais quente já registrado na história.
A temperatura global do ano ficou 1,48 °C acima dos níveis pré-Revolução Industrial, esbarrando no limite determinado pelo Acordo de Paris de 2015, na intenção de minimizar os danos causados pelo aquecimento exacerbado.
A pesquisa anual Global Climate Highlights compila os eventos climáticos extremos de maior relevância, como o agravamento da concentração de gases do efeito estufa, os eventos El Niño e La Niña, entre outros.
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A medição das temperaturas no planeta é feita desde 1850 e o recorde anterior era do ano de 2016, que registrou uma média global de 14,81 °C. Em 2023, os termometros chegaram a 14,98 °C.
A vice-diretora da Copernicus, Samantha Burgess, afirmou que janeiro de 2024 pode ser tão quente que, pela primeira vez, um período de 12 meses ultrapassará o limite de 1,5 °C. O limite estabelecido pelo Acordo de Paris “tem que ser mantido porque vidas estão em risco e é preciso fazer escolhas”, disse Burgess. “E essas escolhas não afetam você e eu, mas sim nossos filhos e netos”.
O ano de 2023 foi marcado por extremos de temperatura no hemisfério norte durante o verão (junho a setembro), com registro de fatalidades nos EUA. No hemisfério sul, ondas de calor passaram pelo Brasil durante o inverno e a primavera, com quebra de recordes de temperatura na cidade do Rio de Janeiro, que chegou a marcar 50 °C de sensação térmica.
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