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Foto: Beto Barata/ PL
Foto: Beto Barata/ PL

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, passou por audiência de custódia nesta sexta-feira (9). A Justiça determinou que ele continuará preso.

Costa Neto responde por dois casos. Ele foi alvo de um mandado de busca e apreensão em operação da Polícia Federal realizada ontem. Os policiais encontraram na residência dele um revólver com o registro vencido e uma pepita de ouro de 39 gramas, que não tinha origem declarada.

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Com isso, ele foi preso em flagrante por posse ilegal de arma e usurpação de bens da União.

Advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten classificou a ação como "vergonhosa".

“A não soltura do presidente Valdemar nesse momento só escancara ainda mais o momento que o Brasil vive. Minha solidariedade a ele, bem como à sua esposa e familiares. Vergonhoso”, disse Wajngarten, em sua conta no X (ex-Twitter).

O presidente do PL passou a noite na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, e realizou a audiência no prédio, por videoconferência.

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Entenda a operação

Denominada de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", também tem como alvos ex-ministros e ex-assessores do político por tentarem dar um golpe de Estado no país e invalidar as eleições de 2022, em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) saiu vitorioso.

A operação foi autorizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo as investigações, foi montada uma organização criminosa, com seis núcleos (desinformação, incitação aos militares, jurídico, operacional, inteligência paralela e núcleo de oficiais de alta patente), com o objetivo de atuar em tentativa de golpe de Estado e manter Jair Bolsonaro no poder.

Estão entre os alvos de buscas na operação:

General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil;

General Augusto Heleno, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);

General Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;

General Estevam Cals Theóphilo Gaspar de Oliveira, ex-chefe do Comando de Operações Terrestres do Exército;

Almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante-geral da Marinha (veja o que ele disse sobre a operação);

Anderson Torres, delegado da PF e ex-ministro da Justiça;

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro;

Tercio Arnoud Thomaz, ex-assessor de Bolsonaro, conhecido como um dos pilares do chamado “gabinete do ódio”;

Ailton Barros, coronel reformado do Exército.

Foram alvos de mandados de prisão:

Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro (preso na casa da namorada);

Marcelo Câmara, coronel do Exército ex-assessor especial de Bolsonaro;

Bernardo Romão Correa Neto, Coronel do Exército;

Rafael Martins de Oliveira, major do Exército.